Faltando menos de 50 dias para as Olimpíadas de Tóquio, está ficando cada vez mais claro que os Jogos vão ter a cara das mulheres. Duas em especial brilharam recentemente: a ginasta americana Simone Biles, que tem desafiado árbitros com novos elementos absolutamente impensáveis há alguns anos, e a velocista jamaicana Shelly-Ann Fraser, que anotou neste sábado o melhor tempo dos últimos 33 anos nos 100m rasos. Simone Biles no US Classic, neste sábado — Foto: Emilee Chinn/Getty Images Simone Biles no US Classic, neste sábado — Foto: Emilee Chinn/Getty Images Geralmente um atleta da casa também se destaca como personagem dos Jogos. E, atualmente, o nome mais reconhecido do Japão, entre homens e mulheres, é a tenista Naomi Osaka, esportista mais bem paga do mundo e que, recentemente, abriu as portas para um debate importantíssimo que é a saúde mental dos atletas. É um atleta jovem, que se envolveu em uma polêmica recente na qual ganhou apoio de diversos esportistas (e críticas de outros), mas que se desenha como principal estrela da delegação japonesa. A jamaicana vencedora dos 100m, Shelly-Ann Fraser-Price comemora com o filho nos braços seu quarto título mundial — Foto: Richard Heathcote/Getty Images A jamaicana vencedora dos 100m, Shelly-Ann Fraser-Price comemora com o filho nos braços seu quarto título mundial — Foto: Richard Heathcote/Getty Images A passos de formiga e sem vontade, o Comitê Olímpico Internacional (COI) se aproxima de igualar o número de homens e mulheres nas Olimpíadas. Em Tóquio, teremos um recorde: 48,8% dos atletas serão mulheres. É a maior porcentagem da história, embora algumas modalidades como futebol, wrestling, ciclismo estrada e boxe seguem com muito mais inscritos que inscritas. Aqui cabe a ressalva que ginástica rítmica e nado artístico contam apenas com mulheres nas Olimpíadas, muito mais pelo preconceito de colocar homens em um esporte tão plástico, do que pela exaltação feminina.